Oishi mostra seu Nissan 180SX tunado, que foi equipado pessoalmente por ele para conseguir enfrentar as provas de drift
O motor original foi substituído pelo modelo 1JXZ100, retirado de um Chaser, da Toyota. Foram feitas várias adaptações na mecânica, como a instalação de coletor e turbina. O capô e a frente do carro foram trocadas. As adaptações custaram 1,18 milhão de ienesEsporte em ascensão na comunidade, pode-se dizer que o drift já caiu nas graças dos brasileiros – estima-se que, em todo o Japão, existam mais de 200 praticantes. Além de técnicas de pilotagem, para praticar o esporte é indispensável ter um carro competitivo, com motor “envenenado”, diversos equipamentos de segurança, pintura chamativa e algumas peças trocadas, entre outros itens.
Praticante de drift há cerca de quatro anos, Fábio Akira Oishi, 26 anos, já perdeu a conta de quantos carros de drift equipou em sua oficina, Now Company Motors, em Komaki (Aichi). Ele estima que já tenham passado pela sua mão em torno de cem carros de competição, para equipar ou fazer algum reparo. Com esta experiência, o piloto mostrou ao jornal Tudo Bem alguns equipamentos essenciais para a prática do drift, tendo como exemplo o seu próprio carro, um Nissan 180SX, ano 10, que foi montado há pouco tempo (confira detalhes ao lado).
O tanque de segurança com capacidade para 30 litros oferece mais segurança para o piloto. A instalação, somada ao custo das bombas Bosch ligadas ao tanque e à mão-de-obra, é avaliada em 150 mil ienes“Acho que este já é o quinto carro de drift que monto para mim. Fui equipando ele aos poucos, com calma, já que tenho a minha própria oficina”, conta Oishi, que estima ter levado quase três anos para deixar o carro pronto para encarar as pistas de competição. “Economizei bastante porque a mão-de-obra é minha mesmo. De qualquer forma, acredito que gastei pelo menos três milhões de ienes com este carro, porque troquei o motor quatro vezes.”
Ainda assim, Oishi não se diz contente. “Equipar um carro é algo que não acaba nunca, pois sempre terá algo a mais para fazer ou aperfeiçoar”, explica. “Por exemplo, no momento ainda pretendo fazer a pintura interna do carro, além de trocar as portas para que elas abram para cima.”
TRANSFORMAÇÃO
Os carros mais comuns entre os drifteiros brasileiros são os modelos Silvia (S13, S14 ou S15) e 180SX, da Nissan, mas também há quem prefira o Chaser, da Toyota. Gostos à parte, equipar uma máquina para competir remete a três preocupações básicas: rendimento (potência), segurança e estética. Confira ao lado um exemplo da “transformação” sofrida pelo 180SX de Oishi.